terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Viajar é para quem tem paciência. Quase desisti.

Não é fácil depender de ônibus em Santa Catarina. Poucas empresas fazem as rotas e praticamente não existem concorrências dentro do Estado. Resultado: serviço precário e tarifas altíssimas. Diferente do que ocorre nas linhas interestaduais, onde existem disputas. Para São Paulo e Curitiba, por exemplo, é mais barato do que viajar de Floripa a Lages, Joaçaba, Chapecó...

Estou desde sábado para comprar uma passagem de Floripa à Joaçaba, para passar o Natal com familiares, só consegui hoje pela manhã uma passagem para Videira pela Catarinense, isso porque uma mulher desistiu. A Reunidas diz que colocou quatro ônibus extras, mas não foi suficiente. Busão agora só dia 24 para o dia 25. A Unesul que tem um único horário para Joaçaba, que é caminho do Paraná, só tem vaga para o dia 25. Já a Catarinense, mesmo tendo apenas três horários tem vaga para amanhã, pelo menos tinha.

A Reunidas e a Catarinense tabelam os preços. A Unesul as vezes faz desconto e vende por menos do que as duas. Como falta concorrência aqui dentro, uma passagem para Curitiba custa R$30 em média e pra Lages que é mais perto, custa R$ 55. Além do preço, os serviços não são dos melhores, ônibus quebram constantemente, atrasos acontecem frequentemente e alguns carros mesmo tendo a mesma tarifa que o executivo, não possuem nem água para os passageiros.

Mas o estresse de quem quer ou tem que viajar começa antes de sair de casa. Neste fim de ano, os sites das empresas estavam indisponíveis e os telefones congestionados. Após 1h tentando consegui que a Catarinense me atendesse. Atendeu a famosa gravação agradecendo a paciência e dizendo que em breve eu seria atendido. Passaram-se 31min.15 e a ligação caiu. Numa segunda tentativa fiquei 26min.34 e consegui finalmente falar com um atendente, que me informou que restava apenas um lugar e que devido falha no sistema não poderia comprar pelo telefone, nem pela web. Fui as pressas para o Terminal Rita Maria e quando lá cheguei tive que enfrentar mais uma dificuldade. Tinham 22 pessoas na minha frente para apenas um atendente.

O Rita Maria é também um local que estressa. Quem dele precisa tem que rezar para não chover, pois as goteiras formam poças dentro do terminal. Há três semanas quando fui para Joinville vi uma senhora de sombrinha aberta lá dentro. Outra falha é que em determinadas horas do dia, o sistema de som é desligado e no lugar, quem avisa a chegada e saída dos bus são funcionários das empresas que começam a gritar pelo terminal.

Tem coisas que só acontecem por aqui na Santa & Bela Catarina...

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