sexta-feira, 26 de junho de 2009

Crônica: Carta de “Silvio Santos” para Gugu Liberato


Estimado Gugu,

Quanto vale a honra e a hombridade de uma pessoa? Para muitas pessoas, não há dinheiro que pague isso, mas você provou que R$ 3 milhões valem mais do que o apreço que sempre tive por ti e até da gratidão, quando um dia acreditei em seu potencial.

Há mais de 30 anos, quando eu recebia suas cartas sugerindo programas, vi em ti um sonhador, um moleque ao qual resolvi apostar para quem sabe um dia ser meu sucessor na TV, afinal, eu como nenhum humano, sou eterno, necessito de alguém para prosseguir alegrando e emocionando o Brasil através da TV. Te contratei como assistente de produção do Domingo no Parque, programa que eu apresentava no SBT.

De tanto você insistir nos bastidores, mais uma vez eu apostei em ti, resolvi realizar seu sonho e lhe dei a oportunidade de ser um apresentador. Sim, lhe promovi de assistente para apresentador. Na época, muitos criticaram minha atitude, afinal, quem seria louco assim para fazer o mesmo?

Em agosto de 1987, no auge do seu sucesso, com o Viva a Noite, vi você assinar um contrato com a Rede Globo. Eu não poderia deixar você sair do SBT, pois sempre o tive como um filho. Num sábado de Carnaval de 1988, fui pessoalmente à sala de Roberto Marinho, no jornal O Globo, pedir a sua liberação para permanecer no SBT. Tive que inventar uma doença para conseguir quebrar o contrato. Na época, lhe fiz uma proposta milionária lhe oferecendo grande parte da programação dominical. Dando meu espaço a você Gugu. Dei a oportunidade de você ser meu substituto nos domingos de todo o Brasil e com isso o seu salário aumentou em dez vezes, fora os ganhos com publicidade.

Em 17 de janeiro de 1993, resolvi mais uma vez acreditar em seu talento e lhe dei todo o apoio para começar uma nova fase com o programa Domingo Legal. Por 16 anos, vibrei com você cada vitória contra a concorrência e chorei em momentos que sua carreira foi colocada em risco.

Podia muito bem em 7 de setembro de 2003, quando o falso caso do PCC foi levado ao ar, ter lhe dado a culpa, lhe demitido ou até mesmo lhe colocado na geladeira, mas sabe porque não fiz isso? Porque minha relação com você sempre foi de pai para filho. Lhe dei mais uma chance, você tendo ou não culpa pelo episódio, mesmo sabendo que a credibilidade da minha empresa estava em jogo. Sempre acreditei e confiei em ti.

Sua história se confunde com a do SBT, junto com a Hebe, o Carlos Alberto. Você fez parte desta família. Minha intenção sempre foi clara, queria mais para ti, desde quando enfrentei Roberto Marinho, que queria estragar meus planos de lhe ver como meu sucessor, mesmo sabendo do risco que sempre tive de ser traído, como ocorreu no dia 24 de junho de 2009, quando você preferiu os milhões de reais do bispo, do que os 30 anos de confiança e carinho que depositei em ti.

Em nossa família, você nunca passou por dificuldades. Aquele menino pobre que era office-boy de uma imobiliária passou a ganhar milhões de reais, tornou-se empresário e dono do seu próprio canal de TV. Mesmo com talento, tudo isso se deve ao simples fato de um dia eu ter lhe dado uma oportunidade, mas não lhe cobro nada por isso, apenas esperava uma maior consideração de sua parte, sendo humildade como aquele menino de 12 anos que me escrevia toda a semana dando sugestões de quadros e programas e que eu cheguei a chamar de filho.

Já estou com 78 anos, não sei quanto ainda vou viver, pode ser que pelo quanto me resta de vida eu não tenha tempo de encontrar outro menino como você, que por 30 anos preparei para o dia em que eu não mais estiver vivo ou possibilitado de fazer o que mais gosto. Só esperava de ti, algo simples, que tivesse a essência de seguir uma palavra rara chamada “Gratidão”.

• Esta carta não foi escrita por Sílvio Santos, por isso, seu nome está entre aspas, mas poderia ter sido, baseada na história e nos laços que Gugu e Sílvio Santos sempre tiveram.

• Escrita pelo jornalista Júlio César Fantin

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Oi? A farsa de ser um ligador!


Certamente você, como milhares de pessoas, assim como eu, sonharam em ser um “ligador”, após ver ou ouvir as propagandas massivas da Oi, em Santa Catarina. A empresa que comprou a Brasil Telecom entrou oficialmente no Sul do Brasil no dia 17 de maio.

Com um forte apelo popular, a empresa lançou uma promoção atentadora. “Recarregue a partir de R$ 1 e ganhe R$ 600 por mês de bônus, para fazer ligações locais para qualquer fixo ou móvel Oi e Brasil Telecom e ligações de longa distância nacionais com o 14 ou 31 para qualquer fixo ou móvel Oi e Brasil Telecom, durante seis meses, além de torpedos para qualquer operadora”. A promoção teria seu encerramento de ativação no dia 24 de maio, mas foi prorrogada por tempo indeterminado pela empresa.

Mas o sonho de ser um “ligador” tem seus limites, estes camuflados pela companhia. Como em qualquer grande promoção, o santo desconfia, a Oi não escapou da regra. Propagandas alardaram a promoção nas TVs, rádios, internet, jornais e revistas. Milhares de chips Oi foram vendidos para os “ligadores”, mas esqueceram de avisar os clientes que eles só seriam “ligadores” caso ficassem dentro da sua região, ou seja, um “ligador” em Joinville (DDD 47), não pode ser “ligador” em Floripa (DDD 48), cidades do mesmo estado, distantes 184 km. O mesmo ocorre para quem mora em Itapema e percorre 20 km, até Tijucas, na Grande Floripa.

Além do bônus não ter validade fora da área de registro, regra rara entre as operadoras (Vivo, Tim, Claro e a antiga BRT – as quais não limitam o bônus dentro da sua área), o cliente Oi ainda paga deslocamento das ligações interurbanas. Logo, a falsa sensação de liberdade explicitada nas campanhas do “Ligador”, a meu ver, são distorcidas, maquiadas e ferem o direito do consumidor.

A única informação que limita o uso do bônus “Ligador” dentro da área está camuflada dentro de um dos itens do regulamento no site da empresa, ao qual grande parte dos consumidores não possuem acesso. Em nenhum momento nos anúncios e matérias publicadas sobre a promoção, este bloqueio da “liberdade” de ser um “ligador” foi citado.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Hoje é o Dia Mundial do Meio Ambiente

Extra: Uma nova "Zona" em Floripa!


Bomba! Floripa deve ter uma nova "Zona" em breve. Calma, não é nenhuma casa dos desejos e som uma nova Zona Azul. O sistema em Florianópolis deve ser alterado em até 30 dias, segundo a prefeitura.

A Capital terá um sistema de cobrança semelhante ao de Curitiba ou de Joinville. Hoje cartões de uma e duas horas são emitidos pelos agentes orientadores.

A partir de julho, os cartões poderão ser comercializados em diversos estabelecimentos e devem funcionar como uma raspadinha, onde o usuário pode escolher a data e a hora que vai raspar.

As mudanças devem refletir em menor custo para os cartões e maior segurança aos usuários.

Adeus Rita Maria!


Ontem à tarde foi dia de despejo no Terminal Rodoviário Rita Maria, em Florianópolis.

Apenas as lanchonetes e alguns boxes continuam funcionando até a abertura da nova licitação.

Muitos lojistas não quiseram participar da nova concorrência devido o terminal estar abandonado, com pouco movimento e com goteiras para todo o lado.

Na Central da Moda, que funciona no piso de cima, 22 lojas estão fechadas com o aviso de que estão em licitação.

A multa para quem não sair é de R$ 10 mil por dia. Na primeira concorrência em janeiro, não houve procura por todos os boxes e uma segunda concorrência será lançada em breve, enquanto isso, as lojas ficam fechadas, muitas após mais de 20 anos de funcionamento.

Nota: O Rita Maria além de ser totalmente sustentável, serve para também sustentar o Deter. Para onde vai toda a arrecadação? O terminal está de fato abandonado. Cadê a segurança? Cadê os fiscais? Cadê o alto-falante que funciona só quando quer? Cadê a qualidade dos serviços e da estrutura? Cadê, cadê, cadê...???

segunda-feira, 1 de junho de 2009

1º de junho de 2005: O dia em que parte de Santa Catarina amanheceu em luto!


Há exatamente quatro anos, o Oeste, Meio-oeste e Serra de Santa Catarina, bem como, Norte do Rio Grande do Sul, amanheceram em luto. A TV Catarinense de Joaçaba, que retransmitia a programação da TV Bandeirantes, que foi ao ar pela primeira vez no dia 27 de maio de 1988, retransmitindo a extinta Rede Manchete, com a denominação Barriga Verde, havia sido enterrada às 23h59min. do dia 31 de maio.

Lembro como se fosse hoje, o último telejornal de maior audiência da região, o Jornal do Meio Dia. Naquela ocasião, às 13h, a equipe que ajudou a contar a história de toda a região, se despediu em tom emocionado, com lágrimas de quem prezava pelo que fazia e a certeza de terem feito um ótimo trabalho. Após 17 anos no ar, antes de completar sua maioridade, a emissora que falava a língua dos catarinenses se despede e dá lugar a RBS TV Centro Oeste.

Naquele dia 1º de junho de 2005, expectadores de toda a região ligaram seus televisores no canal 6 de Joaçaba e se sentiram órfãos. Não só pelo fato, de que toda a programação havia mudado, mas por terem a certeza que nada seria como antes.

Eles não se enganaram. Em pouco tempo, a RBS transferiu as suas operações para Lages, deixando a população de Joaçaba e região, ainda mais isolada do mundo. Tudo parecia estar desabando. A cidade de um dos maiores carnavais do Brasil, amplamente divulgado na tela da TV Catarinense, se via perdendo uma das suas maiores conquistas. A TV de Joaçaba era a única do Brasil, em sinal aberto, com sede numa cidade com o porte de Joaçaba.

Ao todo eram 16 programas locais, um amplo espaço regional, que foi resumido em míseros minutos diários, estes sem a liberdade editorial e o padrão de qualidade daquela TV que nos seus 15 anos, chegou a ser chamada pelo atual governador como “a menina dos nossos olhos” e dois anos depois foi sepultada.

Profissionais que passavam a credibilidade e conheciam cada pedacinho daquela terra, foram demitidos em massa. Edy Wilson Serpa, apresentador do Jornal do Meio Dia da TV Catarinense, hoje é gerente de jornalismo da RIC -Record em Florianópolis e apresentador do Economia News. O jornalista começou a trabalhar na Catarinense, meses após sua fundação. Nelson Paulo dos Santos continua na Rádio Catarinense de Joaçaba, ao lado do companheiro Clemir Schimidt, que trabalha na equipe de jornalismo e também tem um jornal semanal intitulado “Folha da Manhã”. Já a repórter Adriana Parizi, hoje trabalha com assessoria de imprensa.

Além da sede em Joaçaba, a TV Catarinense possuía quatro sucursais: Chapecó, Concórdia, Lages, Erechim e Florianópolis. A cobertura da TV se estendia do Extremo-Oeste ao Planalto Serrano de Santa Catarina e Norte do Rio Grande do Sul.

A TV Catarinense participou ativamente do desenvolvimento e da vida da região. Implantou projetos como o “Band Pé no Rio” e até incentivou a criação de um curso local de Comunicação Social: Radialismo e TV. Eu inclusive fui um dos muitos que ingressou no curso da Unoesc devido a possibilidade de ter uma oportunidade na TV Catarinense. Lembro-me, que na ocasião da extinção, meses antes de eu vim para Florianópolis, a sociedade local, junto com alunos do curso, se uniram, em vão, para pedir pela permanência da TV em Joaçaba.

Nem o esforço das demais redes de TV em Santa Catarina, com sucursais instaladas em Joaçaba, conseguem após 48 meses, suprir sequer uma parte do que era a TV Catarinense para aquela região.

Hoje, quatro anos depois do seu sepultamento, a TV Catarinense ainda vive na memória de milhões de catarinenses, como meus pais, que ainda vivem naquela região, e milhares de gaúchos, que tiveram a oportunidade de ver por 17 anos, uma programação de qualidade, com foco local e regional e o mais importante, com uma linha editorial independente, onde a sociedade não era apenas uma mera expectadora e sim, parte fundamental de seu cotidiano e da sua história.

Floripa fica de fora da Copa. Alguma Novidade?


Florianópolis, Goiânia, Campo Grande, Belém e Rio Branco não serão cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, que acontece no Brasil.

O anúncio oficial foi feito ontem em cerimônia da Fifa em Nassau, capital das Bahamas.

As 12 capitais escolhidas foram: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Curitiba, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza, Manaus e Cuiabá.

O governador Luiz Henrique da Silveira culpou o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, pela exclusão de Floripa como uma das escolhidas. Para ele, o que pesou foram questões políticas.

Já para a Fifa, em relatório enviado ao Comitê de Florianópolis, o grande problema foi a mobilidade urbana da cidade. As obras planejadas no projeto de candidatura seriam para atender a cidade hoje e até 2014 já não seriam suficientes.

Opinião: Que nossa mobilidade urbana é aquém de muitas cidades, isso é fato, agora usar apenas este argumento para a exclusão da cidade que encanta o mundo é uma atitude no mínimo leviana. Foi uma derrota política, tanto para o governador, como para a candidata do PT, a preferida do Lula ao governo estadual, a senadora Idelí Salvatti. Que Floripa tem muito o que evoluir, isso é verdade. Seria uma ótima oportunidade para isso. Agora não me entra na cabeça, cidades no meio da mata amazônica e no sertão nordestino sediar uma Copa. Por mais importante que seja colocar cidades nas cinco regiões, do que adiantará criar toda uma estrutura que depois não será usada para nada? Quanto dinheiro não será desviado? Faltou imposição da capital catarinense, cidade pequena, mas sim, muito importante. Cidade importante para os turistas extrangeiros, porque para os chefões brasileiros fomos excluídos. Turismo não conta? Acho que não, pelo menos para a Fifa e para a CBF. Quem vim conhecer o Brasil terá que se contentar com a poluição de Sampa, as favelas cariocas, os índios amazônicos e a Juma pantaneira. Por mais problemas que Floripa tenha, é difícil acreditar numa derrota destas. "A queridinha do Brasil" foi traída!

Desconhecidos viram celebridades em reality da Record


A Rede Record estreou ontem à noite o seu mais novo reality show: A Fazenda. Uma mistura do Big Brother Brasil, da TV Globo e da Casa dos Artistas, do SBT.

O elenco do reality é composto por Babi Xavier, Danni Carlos, Dado Dolabella, Danielle Souza (Mulher Samambaia), Pedro (filho do cantor Leonardo), Luciele Di Camargo (Irmã de Zezé), Bárbara Koboldt, Miro Moreira, Fábio Arruda, Mirella Santos (mulher do cantor Latino), Francielly Freduzeski, Jonathan Haagense, Carlinhos Silva (Mendigo) e Theo Becker.

Eles devem ficar confinados 90 dias numa fazenda em Itu, no interior de São Paulo e um participante deve ser eliminado toda semana.

O programa garantiu a vice-liderança na audiência e momentos de liderança. Foram mais de duas horas de programa e a lista completa dos 14 participantes só foi divulgada no final do programa, o que pode ter prejudicado a audiência da estréia no confronto com Gugu e Fantástico.