sábado, 15 de agosto de 2009

A semana do sujo contra o mal lavado

Me deu nojo esta semana assistir os telejornais na Globo e principalmente na Record. O Caso Universal foi noticiado de terça a sexta com amplo espaço pela TV Globo no Jornal Nacional.

Na TV Record, veio o contra-ataque da emissora contra a Globo. É lamentável, pois enquanto SBT noticiou 4 min. no SBT Brasil, o Jornal da Band 2min. e o Jornal da Globo 10 min., além de manchete de capa no O Globo, Folha de São Paulo e Estado de São Paulo, apenas a Globo foi alvo de ataques da Record, que mais uma vez mostrou ser a TV da Igreja Universal.

O mais vergonhoso foi ver colegas jornalistas criando uma defesa na Record contra a Globo, onde trabalharam por anos. Ana Paula Padrão e Celso Freitas foram os âncoras dos ataques. Misturaram a audiência televisiva com um caso de lavagem de dinheiro.

Até nosso amigo Ogg Ibrahim, que já trabalhou na Record em Florianópolis, foi um dos repórteres escalados para tentar defender a Universal.

Em uma nota enviada à imprensa nesta semana, a Globo responde os ataques da Record com uma única frase: "Nosso objetivo é fazer jornalismo sério e isso pode incomodar algumas pessoas". Como telespectador, não vi em nenhum momento que as acusações exibidas pela Globo tiveram foco principal na Rede Record, pelo contrário, basearam-se no processo que corre na Justiça Federal contra "lavagem de dinheiro" contra o bispo Edir Macedo e outras pessoas ligadas a ele.

Por outro lado, o "jornalismo de primeira", da TV Record, usou 23min. do seu principal telejornal para atacar a Globo e se fazer de vítima das acusações do MPF, defendendo o bispo Macedo, querendo colocar os evangélicos contra a Globo, fingindo lutar contra o monopólio da Globo, para que assim, os fiéis da Universal não deixem de ser monopolizados pelos bispos e esqueçam das acusações do MPF.

O que mais me dói são excelentes jornalistas se venderem desta forma, muitas vezes por sobrevivência. Vejo isso como uma espécie de "prostituição profissional". Jornalista sério diz não, afinal eles são contratados pela Record e não pela Universal, ou seria a mesma coisa?

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