quinta-feira, 21 de maio de 2009

Fim da palhaçada!


O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo da Grande Floripa (Sintraturb), decidiu no final da tarde de quarta-feira, 20/05, pela paralisação da greve geral da categoria, que vinha ocorrendo há mais de 32h.

Cobradores e motoristas voltaram ao trabalho às 18h30. O estado de greve, no entanto, deve ser mantido. O Sintraturb afirma que nesta semana não haverá mais paralisação, mesmo não havendo acordo entre os empresários e trabalhadores.

O Ministério Público do Trabalho merece os parabéns, pois foi só a entidade colocar a greve nas mãos da Justiça, que os trabalhadores cederam. O prefeito de Floripa havia se retirado das negociações na terça à noite.

Cai entre nós, o transporte coletivo é importante apenas para Floripa? Mais uma vez não vi o prefeito de São José, Palhoça, Biguaçu e Santo Amaro se pronunciar. Deve ser porque eles não andam de ônibus. Me pareceu uma atitute muito passiva por parte deles. Já o prefeito da Capital, que muitos julgam como passivo em determinadas situações, mostrou-se com boa pegada.

Por outro lado, prefeito deve participar de negociações trabalhistas, privilegiando assim apenas uma parcela dos serviços oferecidos pela iniciativa privada? Quando vi passageiros dormindo no Ticen ou ainda chorando por não saber como voltar para casa, me lembrei que a cidade que quer sediar a Copa de 2014, não tem outras alternativas de transporte, que somos reféns dos ônibus e das tarifas abusivas, da terra do "Figueirinha", aquele ator global que foi garoto-propaganda do Setuf, dias antes da greve começar, dizendo que nosso transporte é de qualidade, nos chamando de palhaços sem DRT. Os motoristas fizeram greve, mas não vi o Figueirinha por aqui, será que foi o único que não aderiu ao movimento?

Cadê o metrô de superfície, o transporte marítimo e o teleférico? Quantas promessas que só ficam na lábia dos políticos, que andam de helicóptero ou de carrões fortemente climatizados. Eles não precisam de trasporte coletivo, por isso que não há interesse em fazer nada. Quantas greves será preciso, para se fazer algo? Cadê a mobilidade urbana?

Se minha memória não estiver fraca, desde o ano passado, já se falava no vencimento do contrato das empresas de ônibus em Florianópolis. A concessão venceu em fevereiro e só após o término da concessão, um processo licitatório deve ser lançado, isso se os vereadores aprovarem. Mais uma palhaçada. É coisa de brasileiro sem vergonha na cara. Deixaram a concessão acabar para fazer alguma coisa. Será que foi por isso que o prefeito se dedicou tanto nesta greve? A Consciência pesou?

Uma salva de palmas para a platéia, que mais uma vez teve que ir ao picadeiro ver o circo pegar fogo e os "bombeiros" em greve jogando dominó.

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